Arthur Caliman cria vestidos feitos de plástico marinho para conscientização
Excelente artigo escrito pela Ripleys nos mostra que até 2050 haverá mais plástico em nossos oceanos do que peixes e traduzimos esse excelente artigo para vocês.
Karina Oliani, também conhecida como a doutora aventura, escalou o Everest duas vezes e é a primeira médica brasileira especializada em Medicina do Deserto, uma especialidade que lhe serve bem, uma vez que ela viaja o mundo como uma atleta, exploradora e ativista.
Embora ela mergulhe desde os 12 anos, as águas do Porto de São Vicente no Brasil a deixam nervosa.
“Eu nunca tive que mergulhar num lugar tão sujo. Eu me senti nervosa em pular numa água tão fedorenta.”
![karina Oliani veste vestido Arthur Caliman feito de resíduos plásticos](https://www.arthurcaliman.com.br/wp-content/uploads/2019/03/plastic-dress-1.jpg)
Durante seu mergulho, Oliani coletou mais de 30 quilos de detritos plásticos espalhados no fundo do mar.
Precisa de ajuda com seu casamento? Baixe gratuitamente o E-book – 50 Melhores Assessores de Casamento de São Paulo.
Profundamente entristecida pela poluição defronte ao oceano perto de sua casa e ao redor do mundo, ela entregou o lixo à um designer de sua cidade natal, São Paulo, chamado Arthur Caliman.
Ele encarou um desafio avassalador de fazer transformar essa variedade repugnante de materiais em algo belo para Olani – eventualmente a produção de um conjunto de vestidos.
Oliani espera que sua série de fotos acenda a consciência sobre a epidemia mundial de plásticos em nossos oceanos.
Estima-se que 70% de plásticos usados pelas pessoas acaba em nossos oceanos, levando à poluição que afeta nossas aves, mamíferos marinhos, peixes, e até seres humanos.
![Vestidos de festa longo feito com resíduo plástico (do lixo ao luxo)](https://www.ripleys.com/wp-content/uploads/2019/02/plastic-dress-2.jpg)
Enquanto a proliferação dos polímeros baseados em petróleo em consequência da II Guerra Mundial desencadeou uma revolução de consumo com a capacidade de criar peças e produtos baratos, resistentes e facilmente moldáveis, a indústria privada, os governos públicos e as inovações técnicas não encontraram uma forma de dar conta do detrito criado pelo uso dos plásticos.
Levando ao menos 500 anos para degradar, e frequentemente utilizado por um curto espaço de tempo – as sacolas plásticas são utilizadas basicamente por menos de 15 minutos – o plástico tem em geral contaminado a maior parte do globo.
Mesmo que o plástico se quebre em pequenos pedaços, os chamados micro plásticos tornam-se fáceis de entrar nas cadeias alimentares dos ecossistemas.
Estima-se que nove milhões de toneladas de plástico entram nos oceanos ao redor do mundo anualmente. Neste compasso, o plástico irá ultrapassar os peixes em peso no mundo por volta de 2050.
Fotografar exigiu bastante foco e porte atlético. Oliani teve que segurar sua respiração por alguns minutos cada vez que estava pousando para seu fotógrafo subaquático, Kadu Pinheiro, e mantendo sua face “bela e confortável” enquanto isso.
Enquanto estava no fundo do mar, no entanto, Oliani encontrou sua mente à deriva para a situação da vida marinha ao seu redor.
“Eu não conseguia pensar em nada além de: nós precisamos parar com isto e salvar todo o ambiente enquanto podemos.”
Enquanto o desafio de combater a poluição com o plástico é assustadora, ela tem alguns conselhos para pessoas que querem mudar seus hábitos: ela pede para as pessoas rejeitarem o uso de plásticos de utilização única, a defenderem os cursos d’água e oceanos limpos e pressionarem pela responsabilidade dos fabricantes de plástico.
- Photo Credits: Kadu Pinheiro
- Video Credits: Juan Quinteiros
Veja mais alguns projetos embaixo d’agua do atelier Arthur Caliman